Hoje eu vou falar de um assunto diferente, afinal esse blog é pra contar as coisas que estou vivendo e, no momento está difícil não pensar no meu vizinho. Moro em apartamento há 25 anos e ainda não tinha passado por isso. Bem, durante os primeiros 12 anos morávamos no último andar de prédio baixo no Jardim Paulista, então não tinha ninguém em cima de nós. Então vamos dizer que há 13 anos não conhecia esse tipo de incômodo. Começa às 7hs da manhã nos dias de semana, uma moça anda de salto alto de um lado para o outro infinitamente, depois começa uma arrastacão de móveis chatíssima. Nos finais de semana, são os mesmos barulhos, só que em horário diferente, meia- noite, uma hora da madrugada. Aí vem a pergunta: quem anda de salto alto e arruma os móveis nessas horas? Descobrimos que a moça, na verdade, não mora aqui no prédio e sim o namorado dela, que é um médico separado e com uma filha. Imagino que seja uma relação recente e ainda não há intimidade para deixar uma pantufa, um chinelo na casa dele. Então ela acorda e se arruma com a mesma roupa que chegou na noite anterior...o barulho para lá pelas 9hs da manhã, mas daí eu já estou acordada e não me incomodaria tanto. Nas minhas pesquisas, descobri que muita gente passa pelo tipo de problema e não há muito o que fazer. Existem leis para barulhos como música alta, ou construções em certos horários, mas para andar e arrumar a casa não tem regra. O que sugerem é que não se vá sozinho reclamar diretamente para o vizinho, pois pode se tornar pessoal e o convívio mais difícil, mas que se fale com o síndico, para que ele tome alguma providência como mandar uma circular para todos os moradores explicando o problema e pedindo a colaboração de todos. Viver em comunidade é uma arte e precisa de muito respeito e compreensão. Depois dessa, estou revendo minhas atitudes para não incomodar meu vizinho de baixo. É... O que vem de baixo não me atinge, mas o que vem de cima, meu bem, tira minhas noites de sono. Eu só posso esperar que esse namoro aqui de cima dure bastante tempo para que a relação deles chegue naquele momento em que ela não precise estar sempre depilada, maqueada, arrumada e em cima do salto.
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